“A verdadeira alegria interior é autocriada.
Não depende de circunstâncias externas.
Um rio flui dentro e através de ti trazendo
a mensagem da alegria.
A alegria divina é o único propósito na vida.”
Somos todos aspirantes e o nosso objetivo é o mesmo: alcançar a paz interior, luz e alegria, tornarmo-nos inseparavelmente unos com a nossa Fonte e conduzir a vida preenchida de verdadeira satisfação.
Viver em alegria é viver a vida interior. Esta é a vida que leva à autorrealização. Autorrealização é realização-em-Deus, pois Deus não é mais do que a Divindade que está no interior de cada um de nós, à espera de ser descoberta e revelada. Podemos também referir Deus como o Piloto-Interior ou o Supremo. Mas, independentemente do termo usado, estamos a referir-nos ao Altíssimo que está dentro de nós, que é o último objetivo da nossa conquista espiritual.
Somente alimentando a vida interior poderá a nossa vida exterior ter significado real. Alimentamos o nosso corpo físico três vezes ao dia, sem falhar. Mas uma vez mais, existe dentro de nós uma criança interior chamada alma; não encontramos tempo para alimentar esta criança. A alma é a consciência representativa de Deus em nós. Apenas e só quando esta criança-alma estiver satisfeita, poderemos estar satisfeitos na nossa vida exterior.
Como poderemos fazer a ligação entre a vida interior e a vida exterior? Se soubermos a arte divina da meditação, conscientemente e simplesmente conseguiremos unir estes dois mundos. Quando praticamos meditação, cada momento torna-se numa oportunidade de ouro para colocar de lado a depressão, frustração, raiva, medo e outras qualidades negativas e fazer aparecer as qualidades divinas do nosso mundo interior: amor, paz, alegria e luz.
Uma pessoa espiritual deverá ser uma pessoa normal, uma pessoa tangível. Para alcançar Deus, uma pessoa espiritual deve ser divinamente prática nas atividades do dia-a-dia. Na prática divina, partilhamos a nossa riqueza interior. Sentimos a motivação divina suportando cada ação e partilhamos os resultados com os outros. A espiritualidade não nega a vida exterior. A vida exterior deve ser uma manifestação da vida divina dentro de nós.
Excerto retirado do Livro Asas da Alegria de Sri Chinmoy